A Fossa das Marianas

Considerado até então o ponto mais fundo já catalogado no planeta Terra, A Fossa das Marianas conta com uma profundidade de mais de 10.984 metros, ou seja, quase 11 quilômetros, situada entre o Oceano Pacifico e as Filipinas.

Ilustrar a diversidade dos mares e oceanos
Fossa oceânica

Local havia sido sondado inicialmente por dois navios Challenger e Challenger II no ano de 1858 pertencentes a Marinha Real britânica, onde fora  batizada de Challenger Deep que em português seria algo como “Profundidade Desafiadora”.

Eventualmente muitos anos depois uma expedição americana em meados dos anos 60, liderada pelo Tenente e oceanógrafo norte-americano chamado Don Walsh. Acompanhado pelo também oceanógrafo e engenheiro suíço Jacques Piccard especialista em projetar e desenvolver submarinos para estudos subaquáticos.

Como chegaram ao fundo da depressão

Na expedição que durou ao todo, aproximadamente 9 horas Don Walsh conseguiu permanecer por mais de 20 minutos no fundo da fossa das Marianas. Abordo de um veículo submergível projetado especialmente para expedições em profundidade por Auguste Piccard que era pai de Jacques.

O veículo batizado de Batiscafo Trieste, que pesava aproximadamente 150 toneladas,  projetado e vendido para a marinha americana ocasionalmente pilotado por Jacques.

Batiscafo trieste
Batiscafo trieste sendo içado em 1959

Quantas pessoas já visitaram o fundo da Fossa das Marianas?

Depois de Don Walsh e Jacques, foi a vez do famoso diretor e cineasta americano James Cameron visitar a Deep Challenger somente em 2012. 52 anos depois da primeira expedição.

Cameron que é um declarado admirador dos oceanos, ainda que tenha mergulhado anteriormente simplesmente 33 vezes aos destroços do Titanic em 1997 para criar o filme de mesmo nome ao qual recebeu diversos prêmios. posteriormente revelou que sua viagem ao fundo do mar foi sua fonte de inspiração para criar Avatar o caminho da água.

James Cameron mergulhou por 13 vezes ao fundo da depressão a bordo de um submarino que ele mesmo projetou. O veiculo foi projetado para suportar até 3 horas no fundo do mar suportando pressões altíssimas.

O Submergível possuía mecanismos capazes de recolher amostras e cameras que puderam fotografar e filmar o cenário em alta definição mesmo com o completo escuro do fundo do mar. Alem de contribuir para um imenso avanço tecnológico inovador para futuros submarinos.

Acoplaram um relógio da marca Rolex ao submergível para testa-lo sob forte pressão. James aderiu a ideia pois no primeiro mergulho a depressão também encontrava-se a bordo um relógio da mesma marca.

Descobertas da expedição

Essa expedição culminou na descoberta de mais de 67 novas espécies. Dentre os quais pode-se identificar diversos tipos de camarões, pepinos do mar e diferentes artrópodes jamais vistos antes. Contudo milhares tipos de micróbios e microrganismos foram possíveis catalogar na mesma expedição.

Posteriormente em 2014, James Cameron lançou o Documentário intitulado Deepsea Challenger 3D, onde mostra todos os detalhes de seu mergulho. pode-se encontrar em diversas plataformas de streaming.

Ao todo 8 pessoas já visitaram a Fossa das Marianas, dentre as quais estão o explorador Victor Vescovo que desceu mais fundo que Cameron e deteve o recorde de mergulho sob maior profundidade nunca feito anteriormente.

Um fato curioso é que também pode identificar novas espécies de vida em seu mergulho, porem Victor encontrou uma sacola a mais de 10 mil metros abaixo do mar. O fato acende um alerta voltado a poluição que é um problema crescente sobretudo quanto a perspetiva de futuro.

Em 2020 Kathy Sullivan, alcançou uma marca histórica. A cientista e ex astronauta norte-americana tornou-se a primeira mulher a visitar o fundo da Fossa das Marianas depois de ter estado na atmosfera pois na ocasião estava com 68 anos de idade.

Estudos apontam que apenas 5% dos mares e oceanos foram catalogados e devidamente estudados até os dias atuais. Porem é correto afirmar que com o advento e aprimoramento das novas tecnologias, o homem poderá ser capaz de estuda-los, num futuro não muito distante.

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