O triste fim do último imperador da China

Com certeza você já ouviu falar sobre os anos de ouro do império da chinês. A chamada Dinastia Chinesa, que durante sua história, diversas dinastias se revezaram no poder. Dentre os que mais conhecemos temos; Dinastia Qin (221-206 aC), uma Dinastia Han (206 aC – 220 dC), uma Dinastia Tang (618-907 dC), uma Dinastia Song (960-1279 dC), uma Dinastia Ming (1368-1644 dC), ea Dinastia Qing (1644-1912 dC). Sendo essa última a que pertenceu Puyi (ou Pu Yi) que também pôde ser chamada de Henry Puyi (pronúncia externa ao inglês), nascido em 7 de fevereiro de 1906 e que viria a ser o último imperador da China.

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Pu Yi nomeado Imperador

Pu yi, acabou sendo o 12º imperador da Dinastia Qing e seria também o mais novo assumir o trono. Tendo o feito ainda quando tinha apenas dois anos de idade. O jovem chegou ao trono nomeado pela imperatriz Cixi. Pois seu tio o imperador Guangxu que estava na prisão domiciliar não teve herdeiros diretos.

Então na tentativa de manter o poder na família, após a morte do imperador, Pu yi foi nomeado o sucessor. Contudo, devido ao enfraquecimento do poder consolidado pela Dinastia Qing que já esteve no poder há mais de 260 anos. Enfraquecimento provocado principalmente pelo avanço das tropas francesas, britânicas americanas e japonesas. E também pelo que ficou conhecido como Rebelião de taiping que foi uma tentativa de instaurar um novo regime atualizando as tradições religiosas pelo cristianismo.

Esses conflitos sangrentos ocorreram inicialmente na província de Guangxi e rapidamente se estenderam por toda a margem do rio azul. Mais de vinte milhões de pessoas falecidas a vida nesses conflitos que duraram cerca de 14 anos (dezembro de 1850 – 1864).

O curto império de Pu yi

Logo após a morte de sua tia a imperatriz viúva. Pu yi assumiu eficazmente o trono como imperador supremo da dinastia. Vindo acompanhado de uma série de dirigentes que governaram enquanto o pequeno imperador era educado e preparado para assumir suas obrigações. No entanto, Pu yi passaria apenas quatro anos à frente da nação (1908-1912), pois devido a grandes perdas e revoluções que aconteceram em 1911 em especial a Revolução Xinhai ou Revolução Hsinhai. Foram forçados a abdicar do trono, colocando fim no período imperial que durou mais de 2000 anos. Iniciando o que viria a ser a República da China.

“A imperatriz viúva estava sentada em uma sala ao lado do palácio, enxugando os olhos com um lenço enquanto um velho gordo (o primeiro-ministro Yuan Shikai) se ajoelhava diante dela em uma almofada vermelha, com lágrimas rolando em seu rosto. Eu estava sentado à direita da viúva e me perguntava por que os dois adultos choravam”,  aponta Pu yi em suas memórias.

Vale ressaltar que, normalmente em tempos passados, o enfraquecimento de uma tradição criativa o surgimento de uma nova como mostra a história. Entretanto o avanço da tecnologia e os laços como o ocidente indicavam outras opções. Pu yi continue a viver na cidade proibida, ainda com as mesmas regalias de imperador, inclusive com seus eunucos (criados que obtiveram a ele). Em 1917 foi nomeado imperador novamente, mais tudo fez parte de uma estratégia do General pró-monárquico Zhang Xun. Que deu o golpe e substituiu o poder que durou apenas duas semanas.

O Retorno ao trono

Em 1931 aliado aos japoneses, Pu yi invadiram Manchúria e o proclamaram imperador novamente, dessa vez de Manchukuo. Contudo após o fracasso do Japão na segunda guerra, renunciou novamente porém dessa vez sendo preso e recebeu toda a formação comunista.

Retornando a China, e posteriormente recebendo o perdão e liberdade

definitiva por Mao Tsé-Tung. Em 1964 passou a trabalhar como jardineiro e também editor de literatura. Agora sem todo glamour e privilegio dos tempos de imperador. Ele se casou cinco vezes e não teve filhos. Faleceu devido a um câncer renal e complicações com doenças cardíacas. Em um hospital em Pequim no dia 17 de outubro de 1967 aos 61 anos. Colocando fim a última linhagem de dinastias a governar a nação chinesa.

 

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