• Bajaus – O Povo que vive no fundo do mar

    A tribo dos Bajaus é uma tribo geneticamente modificada que possui a capacidade de prender a respiração por mais de 13 minutos. Os mesmos conseguem submergir ao mar por até 60 metros de profundidade sem sofrer qualquer dano. Existem menções escritas sobre esses povos datadas de 1521 por Antonio Pigafetta. Um explorador veneziano que fez parte das primeiras viagens a fim de circo-navegar o globo. Contudo, sabe-se que esses povos existem há pelo menos mil anos.

    Eles também são comumente chamados de Nômades do mar, pois vivem em palafitas (casas móveis erguidas sobre o mar). E sempre estão mudando por diversas razões. Sempre que os peixes parecem estar escassos ou difíceis de conseguir, ou mesmo por interferências externas como poluições ou pesca desordenada por parte de outras civilizações.

    Como eles conseguem ficar tanto tempo de baixo d’água

    Bajaus

     

    Os bajaus são uma prova viva de que os seres vivos e sobretudo os seres humanos podem evoluir de acordo com a seleção natural das coisas. Necessária para garantir que os seres continuem existindo. Portanto, essa tribo que vive nos mares aos arredores de Filipinas, Indonésia e Malásia. Precisavam evoluir uma vez que vivem e provam todos os seus alimentos vindos dos oceanos. Uma vez que, além de dependerem da sua pescaria para a sua alimentação, os Bajaus também utilizam os recursos do mar como moeda de troca.

    Visto que, são necessários certos recursos que não fornecem prover do mar como, madeira para construir suas casas, lanças afiadas para pescaria, roupas entre outros.

    Conforme foram ganhando notoriedade, essa tribo começou a chamar a atenção de pesquisadores do mundo inteiro. Pois todos queriam entender como esses povos conseguiam prender a respiração por tanto tempo, isso desde muito jovens.

     

    Foi quando a pesquisadora Melissa Ilardo deixou para a Indonésia para estudar essa tribo. Ela recrutou cerca de 59 pessoas pertencentes aos Bajaus e cerca de 34 membros de uma outra tribo chamada Saluan (uma tribo comum que vivia na cidade e nas ilhas). Melissa coletou o DNA de todos e médio o tamanho de determinados órgãos.

    A evolução Bajau

    A pesquisadora suspeitava que poderia ter algum tipo de alteração genética no sistema respiratório dos Bajaus. Suspeita-se que isso se concretizou ao perceber que todos os membros da tribo Bajaus tinham o órgão Baço , cerca de 50% maior do que as pessoas da outra tribo. Além de diversas outras descobertas referentes ao DNA bajau. Como uma alteração no gene PDE10A que regula o tamanho do fundo.

     

     

    Vale ressaltar que o órgão Baço tem uma função importante no corpo humano de reciclar os glóbulos vermelhos presentes no sangue. Retirando os glóbulos velhos e atualizando por novos. Além de filtrar o sangue e prevenir também de possíveis bactérias.

    Sabemos que quando mergulhamos, ao prendermos a respiração algumas reações naturais que ocorrem em nosso organismo, tais como; a desaceleração da frequência cardíaca ocorre uma atualização automática de nossos vasos sanguíneos e o baço se contrai significativamente. Esse assunto é chamado pelos especialistas de Resposta de Mergulho .

    É justamente quando o Baço se contrai, que o mesmo libera glóbulos vermelhos oxigenados para a corrente sanguínea. Garantindo que o sangue fique oxigenado por muito mais tempo. Logo, quanto maior for o tamanho do baço. Maior será a quantidade de sangue recém oxigenado e é nesse momento que a superioridade bajau se torna clara.

    Estima-se que os membros da tribo Bajau passem ao menos 8 horas por dia de baixo d’água. E por passarem a vida inteira mergulhando retirando se adequar a pressão do mar. A tribo tem atualmente mais de 1 milhão de pessoas espalhadas pelas costas marítimas.

    Concluiu-se com a pesquisa que a tribo dos Bajaus, são sim um exemplo de mutação e adequação genética específica à sobrevivência. Visto que evoluíram no decorrer do tempo para continuarem existindo.

     

    Veja Também: A fossa das marianas