O campeonato mundial de tapa na cara
Desde o início dos tempos, as pessoas estão sempre buscando maneiras de se testar e se superar. Esportes cada vez mais diferentes e com propostas bem diferentes dos convencionais cada vez ganham mais espaço na mídia. É o caso do campeonato mundial de tapa na cara, que explicaremos mais a seguir.
Sempre que surge algo novo, obviamente, atrai atenção de curiosos e entusiastas, sem esquecer também daqueles que podem enxergar vantagens lucrativas. Seja disputando ou promovendo o esporte.
veja tambem: Quem são os atletas mais ricos do mundo.
Tendo origem na Rússia e Polónia em pequenos campeonatos locais, o intuito básico era encontrar e premiar os melhores estapeadores da região. Contudo, com a internet e todas as mídias sociais, o esporte logo tomou grandes proporções e chamou a atenção de grandes empresários do esporte mundial.
Surge o Power Slap (Tapa poderosa)
Em 2020 o empresário americano Dana White que também é presidente do Ultimate Fighting Championship, o UFC. A maior e mais importante organização de Artes Marciais Mistas para MMA, após assistir alguns vídeos desses campeonatos locais. Dana ficou muito animada e descobriu que ali existia um grande potencial em entretenimento. Contudo, é importante considerar primeiramente o evento como esporte para então criar um campeonato em seguida, e assim o fez.
“Estou muito ansioso pelo lançamento do Power Slap. Tenho trabalhado nisso desde 2017. Eu vi algumas gravações de tapa na cara nas redes sociais e fiquei imediatamente viciado”. Contou Dana White em entrevista antes do lançamento do torneio.
Organizou no estado de Nevada nos Estados Unidos o primeiro campeonato de tapa na cara oficial em solo americano. Com regras bem definidas e competidores divididos por categorias de peso, o projeto tomou forma.
Regras da Campeonato de tapa na cara
Vence quem nocautear o adversário, ou em caso de resistência, no entanto, existem regras básicas a serem seguidas como por exemplo:
- Só se pode acertar o oponente com a palma das mãos até o início dos dedos.
- Não é permitido acertar olhos, queixo, orelhas ou o topo da cabeça, podendo resultar em faltas ou até mesmo desclassificação.
- Cada competidor tem direito até a cinco tapas intercaladas.
- O concorrente tem apenas 1 minuto para se recuperar do tapa e seguir a rodada.
- Não é permitido tirar os pés do chão no momento do tapa.
- É obrigatório o uso de pó de magnésio nas mãos para ajudar na aderência da palma.
Antes da competição, todos os competidores são submetidos a tomografias, exames de sangue para identificar possíveis doenças transmissíveis pelo contato além de exames cardíacos.
A bancada é formada por dois julgados que acompanham a partida e supervisionam se os concorrentes cumprem as regras e se permanecem em condições de continuação. Separam os concorrentes por uma bancada que tem entre 60cm e 70cm de distância.
O campeão mundial brasileiro
O Brasil possui seu competidor de alto nível na modalidade, Zuluzinho (Wagner da Conceição Martins) filho da “lenda do vale tudo” Rei Zulu. Dividiu o título de campeão em 2020 com o russo Vasiliy Khamotiskiy. Zuluzinho é um dos maiores embaixadores da modalidade no Brasil, que ainda não possui uma federação oficial.
Os médicos avisam
Mesmo contando com um médico, médico assistente, equipe de paramédicos e ambulâncias. Especialistas apontam riscos sérios que a modalidade pode acarretar aos concorrentes, principalmente em danos relacionados ao cérebro. Sobretudo o risco da doença degenerativa Encefalopatia Traumática Crônica a TCE que pode ser causada por golpes repetidos na região cerebral.“Uma das coisas mais estúpidas que você pode fazer”, disse o médico estadunidense Chris Nowinski. Ex-lutador de luta greco-romana e diretor-executivo da Concussion Legacy Foundation.
No entanto Dana White encara com otimismo o futuro do esporte, que já conta com modalidade feminina e até mesmo uma categoria especial só para pessoas com nanismo.