Darvaza : A porta do inferno
Vários mistérios ainda assombram o imaginário popular quando falamos da Cratera de Darvaza popularmente conhecida como “A porta do Inferno”. Se te contasse sobre um lugar que está queimando a mais de 50 anos. Provavelmente, o primeiro lugar que você pensaria seria a cidade de Centralia na Pensilvânia. O local que queima á anos por um incendio acidental, e por ter um solo rico em Carvão Antracito, um carvão com propriedades altamente comburente.
Contudo, hoje vamos contar sobre um outro local existente em nosso planeta terra que também apresenta altas concentrações de elementos comburentes. O que corrobora para que esse lugar se torne encantador e assustador ao mesmo tempo, A Cratera de Darvaza.
Onde fica a Cratera
Situada no Turcomenistão, mais precisamente na província de Ahal, onde fica a pequena aldeia de Darvaza. Em meio ao deserto de Caracum e aproximadamente 260 quilômetros da capital e também a maior cidade do país Asgabade. É um pequeno vilarejo onde o último senso apontava somente 350 habitantes pertencentes a tribo TEKE. Que já habitavam a região antes mesmo da incidência da cratera de Darvaza e em sua maioria são nômades que devido as condições desérticas do local. Estão sempre em constante movimento, e uma parte desses habitantes acabam migrando para cidades maiores em busca de melhores condições. O local também pode ser conhecido como “Derweze que significa portão em Turcomano” língua local.
Como surgiu a Cratera de Darvaza
No início da década de 70, engenheiros da antiga união soviética, acreditaram que o local podia potencialmente está cheio de petróleo. Então iniciaram suas escavações e começaram a posicionar suas maquinas de extração. No entanto, em 1971, o solo ao redor do local da perfuração começou a ceder e afundar pouco a pouco. Engolindo todos os equipamentos ao seu redor e formando uma enorme cratera com cerca de 70 metros de diâmetro. Não houve vítimas fatais, uma vez que a cratera começou a ceder pouco a pouco, porém iniciou-se um enorme vazamento de gás que os responsáveis pela escavação precisavam sanar.
Acontece que aproximadamente 70% da área do total do país é de fato rico em petróleo. Mais também apresenta forte concentração de gás natural e enxofre. Há relatos que o cheiro de enxofre pode ser sentido até 25 quilômetros de distância a depender da posição do vento. Então pensando em conter essa propagação de gás e por consequência a poluição que esse gás traria. Vale ressaltar que enormes quantidades de gás metano (um dos principais gases que contribuem para o efeito estufa) foram liberadas na atmosfera no momento em que a cratera cedeu.
Os engenheiros decidiram atear fogo a erosão, acreditando que o fogo duraria somente algumas horas ou dias e solucionando o problema. Pois ainda era de enorme interesse dos engenheiros e investidores que o local fosse devidamente perfurado e explorado.
Com o passar dos dias e vito que suas chamas não se apagavam. Logo sua fama começou a ficar conhecida por pesquisadores que queriam estudar a área e por repórteres que queriam noticiar. Além de curiosos do mundo todo que queriam ver por si só. Era o inicio do que viria a se tornar um dos locais mais visitados do país, quase que um cartão postal.
As chamas nos dias atuais
Mesmo 53 anos após o inicio das chamas, Darvaza continua queimando a todo vapor até os dias atuais. Mesmo não sendo um fenômeno ocorrido 100% devido a ações da natureza mais sim o resultado de ações humanas. A Cratera continua intrigando pesquisadores e encantando curiosos como fez a meio século atrás. Não é possível apontar até quando as chamas ficarão acesas. Contudo, a cratera não demonstra quaisquer sinais de que o fogo possa estar chegando ao fim.